São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995
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Socialista é surpresa na corrida eleitoral

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

Há cinco meses, ninguém imaginava Lionel Jospin candidato. Hoje, mesmo que saia derrotado, ele terá cacife para se tornar o líder da esquerda francesa.
Em dezembro, quando Jacques Delors, então presidente da Comissão Européia, anunciou que não seria candidato, as pesquisas sobre seu eventual substituto nem incluíam o nome de Jospin.
No início de janeiro, porém, em uma entrevista à televisão, o ex-ministro da Educação declarou que postulava a candidatura, uma aposta ousada que marcou seu retorno triunfal à política.
Funcionário do Ministério das Relações Exteriores nos anos 60, Jospin entrou na política através do PSU (Partido Socialista Unificado), grupo de Michel Rocard que acabou absorvido pelo PS (Partido Socialista).
Influenciado pelo movimento estudantil de maio de 1968, Jospin decidiu tornar-se professor universitário.
Com a eleição de François Mitterrand, passou a se dedicar integralmente à política. Puxado por Mitterrand, sucedeu-o como primeiro-secretário do Partido Socialista.
Aos poucos, porém, caiu em desgraça perante o presidente, que passou a preferir Laurent Fabius -que foi premiê de 1984 a 1986. Em 1987, Jospin deixou a liderança do Partido Socialista.
Em 1993, nem sequer conseguiu se eleger deputado. Muitos chegaram a dar sua carreira política como encerrada.
(AFt)

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