São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995
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Conservador tenta a Presidência pela 3ª vez

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

É difícil resistir à comparação com François Mitterrand: o atual presidente perdeu duas eleições -1965 e 1974- antes de ser finalmente eleito, em 1981.
O mesmo estaria para acontecer com Jacques Chirac? O prefeito de Paris perdeu as eleições de 1981 e 1988. A terceira talvez seja finalmente a sua vez.
``Os franceses acham que é preciso sofrer antes de ser eleito", escreveu esta semana o jornalista Franz-Olivier Giesbert, do ``Le Figaro", jornal conservador francamente pró-Chirac.
A afirmação é apressada -por enquanto, só vale para o presidente Mitterrand. Mas, se Chirac vencer hoje, consagrará uma carreira toda voltada para a conquista da Presidência.
O candidato conservador surgiu na política ocupando, principalmente, os ministérios das Finanças (1968 a 1971) e da Agricultura (1972 a 1974) no governo do presidente Georges Pompidou.
Em 1974, foi um dos principais responsáveis pela eleição de Valéry Giscard d'Estaing à Presidência. Acabou indicado para o cargo de primeiro-ministro.
Dois anos depois, brigou com Giscard, deixou o cargo e criou seu próprio partido -a RPR (Reunião Pela República), herdeira dos aliados de Charles de Gaulle (1890-1970).
Em 1977, foi eleito prefeito de Paris -cargo que ainda ocupa até hoje. Desde então, prepara-se para o Palácio do Eliseu (a sede da Presidência francesa).
Mas, apesar de um novo mandato como premiê, de 1986 a 1988, fracassou nas eleições de 1981 (ficou em terceiro lugar, com 18% dos votos) e de 1988 (obteve 20% no primeiro turno, 46% no segundo, contra François Mitterrand).
(AFt)

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