São Paulo, terça-feira, 9 de maio de 1995![]() |
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Vieira pede volta do imposto
CARI RODRIGUES
``Se o Tesouro Nacional não tem dinheiro para nos socorrer, como é que a gente faz? Dentro do Orçamento também não existem recursos para a agricultura", disse o ministro. O IPMF vigorou durante 1994 e ficou conhecido como o ``imposto do cheque". Cada operação financeira era onerada em 0,25%. Andrade Vieira é favorável à divisão do bolo do novo IPMF somente entre a agricultura e a saúde, na proporção de 50% para cada área. Na agricultura, os recursos do IPMF seriam destinados para linhas de crédito e pesquisa. O ministro disse que apresentou a proposta ao presidente Fernando Henrique Cardoso na semana passada, e que ele não vê restrições ao imposto. Andrade Vieira defendeu a idéia na Comissão Especial da Agricultura da Câmara, na semana passada, mas não obteve o apoio dos parlamentares da bancada ruralista (que representam o setor agropecuário). O deputado Hugo Biehl (PPR-SC), que integra a bancada ruralista, disse que é muito difícil que o Congresso aprove a criação de um novo imposto. ``A maioria dos parlamentares acha que já existem impostos demais", disse. Em São Paulo, o ministro-chefe do Gabinete Civil, Clóvis Carvalho, disse que o governo não pretende interferir no assunto e que a decisão final caberá ao Congresso. Carvalho considera a medida interessante, porque permitiria um aumento da arrecadação, mas disse que o governo não tem a intenção de propor o retorno do IPMF: ``Vamos aceitar o que o Congresso decidir". Texto Anterior: Jatene negocia criação do novo IPMF Próximo Texto: CNBB quer conter 'excesso de racionalismo' Índice |
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