São Paulo, terça-feira, 9 de maio de 1995
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Leia trechos do texto de Gordon

Leia abaixo trechos da avaliação de Licoln Gordon sobre as alternativas do governo norte-americano diante da escalada autoritária no Brasil:
``Alternativas para ajuda estratégica básica"
(...)Poderíamos suspender a ajuda no campo político, oferecendo a retomada se e quando a democracia constitucional estiver totalmente reestabelecida no Brasil. Isto nos colocaria em uma posição de defesa dos processos democráticos em todo o hemisfério.
Seriam minados, entretanto, todos os objetivos positivos da política norte-americana no Brasil, nos setores político, econômico e de segurança. Tornaria impossível a conclusão do esforço de estabilização, superado já mais da metade do caminho e envolvendo severos esforços sociais e políticos.
Poderia também originar a renúncia de toda a equipe econômica, liderada por Roberto Campos, e seria muito enfraquecida a capacidade de Castello Branco de resistir às reivindicações da linha dura (...).
Poderíamos reduzir a ajuda ao patamar mínimo necessário para evitar uma nova crise na balança de pagamentos, doando recursos aos poucos e evitando compromissos de longo prazo.
Esta seria a pior das alternativas, pois contém a maioria das desvantagens da anterior, sem a vantagem de uma postura clara em favor da democracia na América Latina.
Nossa capacidade de influenciar a política econômica e os desenvolvimentos políticos seria criticamente reduzida. Acabaria com ações de apoio a melhorias de longo prazo no Nordeste ou à modernização institucional, que é essencial nos setores de educação, agricultura e saúde.
Poderíamos continuar com o apoio (...), que se aproxima do limite que pode ser utilizado pelo Brasil, considerando-se recursos externos, políticas de importação e disponibilidade dos projetos examinados.(...)

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