São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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Grupos têm fundo pró-monopólio

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobrás) e o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) estão solicitando contribuições extras dos empregados da estatal para custear gastos com a campanha em defesa do monopólio.
A Aepet está também utilizando sócios aposentados, inclusive seu presidente, Fernando Siqueira, no trabalho de convencimento de parlamentares para que votem contra a quebra do monopólio.
Desde fevereiro, os 7 mil associados da Aepet estão sendo solicitados a pagar entre uma e cinco mensalidades extras para custear os gastos com a defesa do monopólio. A mensalidade normal custa R$ 10,80. O valor da cota extra, descontada na folha de pagamentos, pode variar de um mês para outro.
Ainda neste mês, a entidade distribui 45 mil exemplares de cinco publicações destinadas a convencer parlamentares e ``formadores de opinião" sobre a necessidade de não se mexer no monopólio.
Outro boletim especial, com 9 mil exemplares, fala sobre a emenda da quebra do monopólio apresentada pelo governo.
Sindipetro
O Sindipetro-RJ está há três semanas com uma campanha na televisão, com três anúncios diferentes de 30 segundos, em defesa do monopólio do petróleo por parte da Petrobrás.
Os anúncios são locais e nacionais. Segundo Abílio Tozini, diretor do sindicato, já foram gastos R$ 100 mil.

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