São Paulo, quarta-feira, 10 de maio de 1995
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Câmara vota hoje proposta que tira da Carta distinção entre empresas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os partidos de oposição não conseguiram ontem adiar a discussão da emenda que retira da Constituição a distinção entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro.
A proposta começou a ser discutida ontem e será votada hoje no plenário da Câmara.
O requerimento para a retirada da emenda de pauta, apresentado pelo PDT, foi derrotado por 331 votos a 115. Para que a proposta seja aprovada hoje, os governistas precisarão de apenas 308 votos.
Apesar de considerar que o Executivo está em confortável vantagem numérica, o líder do governo na Câmara, deputado Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), procurou ontem os líderes oposicionistas para tentar convencê-los a apoiar a emenda.
A iniciativa não sensibilizou os líderes do PT, Jaques Wagner (BA), e do PDT, Miro Teixeira (RJ). ``O governo apenas fez uma consulta sobre nossa posição e não ofereceu nada para negociar. Se continuar inflexível, votaremos contra", disse Wagner.
A bancada do PDT também decidiu votar contra a proposta. ``Vamos fazer uma declaração de voto, responsabilizando os governistas pelos estragos que esta proposta causará à economia nacional", disse Miro Teixeira.
A emenda que acaba com o monopólio estatal na distribuição de gás canalizado não deve sofrer qualquer alteração na votação em segundo turno no plenário da Câmara, prevista para amanhã.
O deputado Roberto Campos (PPR-RJ), que pretendia modificar o texto, não contará sequer com o apoio de seu partido. O PPR divulgou ontem um estudo em que aconselha a manutenção da redação aprovada em primeiro turno.

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