São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995
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Deputado assume papel de intermediário

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Hélio Rosas (PMDB-SP) foi o autor da emenda que garante a manutenção das atuais concessões de distribuição do gás canalizado.
No início do terceiro mandato, o deputado afirma ter patrocinado um projeto da Abegás como titular da comissão especial da Câmara que debateu a emenda constitucional.
O deputado afirma que desconhecia que qualquer empresa pudesse ser favorecida com a inclusão do artigo 2º, que garante a vigência de alguns contratos, em alguns casos, até o ano 2020.
A Gaspart, uma empresa do grupo OAS, e a BR (Petrobrás Distribuidora) são as empresas favorecidas com a manutenção dos contratos.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista à Folha:

Folha - A sua emenda foi feita para beneficiar a OAS?
Hélio Rosas - O presidente da Abegás ficou horas mostrando aos deputados da comissão especial quem participava do negócio. O pessoal não prestou atenção, nem eu. Aí deu confusão. Mas não tem nada demais.
Folha - Por que o senhor apresentou a emenda?
Rosas - Tenho uma briga antiga com a Petrobrás porque eles são contra a expansão do gás natural como alternativa energética.
O pessoal da Abegás ajudou a pegar as 150 assinaturas para apresentar a emenda.
Folha - O senhor sabe se o presidente da Abegás, Robert Gross, tem alguma ligação com a OAS?
Rosas - Ele é também o presidente da Bahiagás, com sede em Salvador, onde também fica a sede da OAS. Não o conheço bem.
Folha - O senhor vai continuar defendendo a emenda?
Rosas - Vou fazer um discurso na terça-feira.
Como deu problema, pedi ao pessoal da Abegás para escrever como é o negócio e eu vou rememorar.

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