São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995
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Motoristas ameaçam entrar em greve em SP

DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA; DAS REGIONAIS

Os advogados dos sindicatos dos motoristas e cobradores e das empresas de ônibus de São Paulo participaram ontem, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), de audiência de conciliação para se definir a cota mínima de ônibus que deverá circular no próximo dia 16 (terça-feira), caso aconteça a greve da categoria, anunciada anteontem.
Não houve acordo. Em razão disso, o presidente do TRT, juiz Rubens Tavares Aidar, marcou para a próxima segunda-feira, às 18h, o julgamento do dissídio das categoria.
No ABCD (Grande São Paulo), o Sindicato dos Condutores Rodoviários organizou ontem uma paralisação dos ônibus urbanos em São Caetano. Os ônibus ficaram parados, das 11h às 13h, no terminal rodoviário da cidade.
A manifestação foi a última etapa dos preparativos para a greve dos motoristas e cobradores de ônibus do ABCD, que deve começar no próximo dia 16, terça-feira.

Metrô
Os metroviários de São Paulo fazem assembléia na segunda-feira para decidir se retomam a paralisação, que deixou 7,5 milhões de passageiros sem transporte durante três dias.
O governo do Estado está analisando o impacto do aumento de salários na planilha de custos do Metrô. A tarifa deve subir, pelo menos, 30%. De R$ 0,60 para R$ 0,78.
Em Recife (PE), os metroviários, em greve desde o dia 9, poderão ser exonerados por descumprir decisão da Justiça, que determinou a volta ao trabalho de 30% da categoria. Segundo a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), o Sindicato dos Metroviários será obrigado a pagar multa de R$ 100 mil por dia de greve. A punição começou a ser aplicada ontem. O sindicato deverá contestar a multa na Justiça.
A greve, segundo a empresa, paralisa todo o setor de operações e deixa 135 mil pessoas sem o transporte em Recife.
Em Belo Horizonte (MG), os metroviários em greve rejeitaram, em assembléia da categoria realizada ontem, a manutenção de um esquema mínimo de funcionamento do metrô.
A proposta, sugerida pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), estabelecia a volta ao trabalho de 30% dos funcionários em tempo integral. A greve foi iniciada na última segunda-feira.
Está marcada uma audiência de conciliação na próxima segunda, na sede do TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília. Caso não haja um acordo, o TST deve julgar a legalidade do movimento no mesmo dia.

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