São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995
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Nathalie explora as ambiguidades

LUÍS ANTÔNIO GIRON
DA REPORTAGEM LOCAL

As abordagens de Nathalie Stutzmann assombram pelo poder de concentração. Ela usa a voz potente para criar atmosferas emocionais ambíguas. Sustenta as notas com enorme fôlego e é capaz de domar os vibratos e os saltos entre notas como poucas na área.
Sua discografia, entre CDs solos e em colaboração, compreende 40 títulos. Uma enormidade para uma intérprete jovem. Vai do repertório barroco ao moderno.
Os três discos lançados no Brasil pela BMG Ariola mostram a intérprete no melhor dos seus mundos: o pós-romantismo.
Num CD, interpreta as melodias de Ravel e Debussy. No outro, as de Fauré. Ambos têm a pianista Catherine Collard. O terceiro disco, ``Concert in Villa Wahnfried", traz peças pouco conhecidas de Wagner e Liszt.
Nesse terreno de ambivalências tonais e expressão tensa, a contralto se sai melhor do que nas geométricas óperas barrocas.
(LAG)

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