São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995
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Igreja atrai produtor brasileiro

DE NOVA YORK

Nelson Motta é conhecido no Harlem como ``Brother Nelson". Não é à toa: foi o primeiro branco a integrar o culto gospel da Mount Moriah. ``Eu chamei atenção logo de cara porque era o único branco no meio dos crioulos".
Gostou tanto do que ouviu que não parou mais de ir à igreja batista, apesar de ser católico.
Em meses, Nelson estava levando seus amigos que visitavam Nova York-entre eles Elba Ramalho, Gerald Thomas e Caetano Veloso- para verem o coral. ``Todo mundo gostava."
Deu de presente, em anonimato, novos auto-falantes e amplificadores para a igreja. Já na primeira vez que entrou na Mount Moriah, o reverendo Johnson o avisou: `Aqui você pode gritar, cantar e dançar que ninguém vai achar que você é louco". Foi o que bastou para ficarem amigos.
``Em um determinado dia", conta Nelson, ``o reverendo me disse que queria gravar uma fita para vender na porta da igreja." No ato, ele descartou a idéia: ``Fita não, vamos fazer um CD".
O projeto resultou em um disco com dez músicas gravadas ao vivo na igreja e finalizadas na Soundtrack Studios. O custo total do projeto foi de US$ 90 mil, bancados em parte pela gravadora Lux (de Motta) e pela Continental, que fará a distribuição do disco no Brasil.

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