São Paulo, sábado, 13 de maio de 1995 |
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Governistas culpam Bordón por atentados
SÔNIA MOSSRI
O candidato da Frepaso a presidente, José Octavio Bordón, é o principal adversário de Menem nas eleições de domingo. Ele não quis comentar as insinuações menemistas, por temer complicações com a legislação eleitoral. Desde as 8h de ontem até as 19h de domingo (quando as urnas já estarão fechadas), todos os candidatos estão proibidos de dar declarações aos meios de comunicação nacionais. O ministro do Interior, Carlos Corach, não quis dar nenhuma informação sobre a investigação da Polícia Federal sobre o incêndio criminoso no Comitê Central de Bordón, na madrugada de quarta-feira, e sobre o arrombamento de uma sede no centro da capital argentina, ocorrido anteontem. ``Existem 100 mil locais de partidos que não sofreram nada", disse Corach, durante entrevista a correspondentes estrangeiros. Assessores da Casa Rosada, sede do governo argentino, usaram o anonimato para divulgar entre jornalistas a tese de que a própria Frepaso teria provocado os dois atentados. ``Não há nenhuma denúncia concreta que possa responsabilizar o governo por estes episódios", disse Corach ao ser indagado pela Folha sobre a acusação, feita por integrantes da Frepaso, de que o Executivo acobertaria os responsáveis pelos dois atentados. Depois de Bordón encerrar sua campanha na quinta-feira alertando sobre o risco de fraude eleitoral, Corach disse que as Forças Armadas ``vão garantir a segurança" das urnas amanhã. Logo após o primeiro incêndio, Bordón chegou a acusar os menemistas, mas em seguida disse que ``preferia não crer nessa hipótese". (SM) Texto Anterior: Presidente é 'prisioneiro' do peso, diz banqueiro Próximo Texto: Comunidade cubana de Miami faz paralisação geral na terça-feira Índice |
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