São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Acidentada espera 6 anos por pensão

Decisão de juiz foi pouco comum

CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Ana Maria de Figueiredo, 32, perdeu 80% do movimento de suas pernas em um acidente de ônibus ocorrido em agosto de 1986, quando tinha 23 anos.
Também perdeu a sensibilidade da cintura para baixo e passou a sofrer de incontinência urinária e intestinal.
Iniciou ação de indenização contra a empresa proprietária do ônibus no qual viajava e, passados 6 anos, nada aconteceu. Sua advogada decidiu, então, apresentar um pedido de pensão provisória, a ser paga enquanto não viesse a decisão final.
As chances eram remotas. A pensão provisória só é paga em situações emergenciais (separação e investigação de paternidade, por exemplo).
O drama comoveu o juiz Antonio Carlos Villen, da 30ª Vara Cível de São Paulo. Em uma decisão rara, ele determinou o pagamento da pensão no valor atual de R$ 620 mensais. A decisão foi confirmada posteriormente pelo tribunal.

Texto Anterior: Novo presidente do Supremo diz que faltam juiz e dinheiro
Próximo Texto: Juízes deveriam sofrer impeachment
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.