São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995
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APAGA

Michel Temer, 54, deputado federal (PMDB-SP), advogado e líder do PMDB na Câmara dos Deputados: ``Por enquanto, é importante se manter a proibição, incrementar os programas educativos e punir com muito rigor o traficante. O tratamento dado ao usuário tem que prever a reabilitação e a reeducação. Tem que haver uma distinção nítida entre a conduta do usuário e a do traficante. Um é vítima e o outro é criminoso."
Elias Murad (foto), 70, deputado federal (PSDB-SP) e médico: ``A descriminação iria aumentar os riscos de abuso e dependência da droga. A droga vai ficar mais disponível e será legalmente aceita. A descriminação traz consigo a idéia de que houve a liberação da droga. Isto trará um trabalho enorme em qualquer setor educativo. Se a comunidade admite a droga, como é que se vai educar contra ela?"
Chico Vigilante, 40, deputado federal (PT-DF) e vigilante: ``Não dá para você liberar este tipo de entorpecente. Está provado cientificamente que a maconha faz mal à saúde. Acho um absurdo que alguém esteja disposto a legalizar. A descriminação aumentaria o consumo e facilitaria o tráfico de outras drogas mais pesadas."
Benedito Domingo, 61, deputado federal (PP-DF), empresário e evangélico: ``A maconha produz alucinações. A maior parte das pessoas que praticam delitos e que se envolvem em acidentes usa maconha. As pessoas perdem suas condições de raciocínio. Se você descrimina a maconha, seu uso será desenfreado. Vai induzir a juventude a usá-la. Se deixa de ser crime, vai estar liberado. Não entendo o porquê de se fazer isso."

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