São Paulo, domingo, 14 de maio de 1995 |
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Repescagem define grid provisório na Indy
MAURO TAGLIAFERRI
Ontem estava previsto o ``pole day", que define as primeiras colocações do grid. Elas dificilmente se alteram até a corrida, marcada para o dia 28 de maio. Mas a chuva que caia ontem no circuito poderia adiar o ``pole day". O mecanismo de classificação para Indianápolis é complexo e o regulamento difere do das demais provas do campeonato da Indy. A formação do grid funciona assim: cada carro dá quatro voltas rápidas na pista oval de 2,5 milhas (cerca de 4 km) de Indianápolis. A velocidade média dessas quatro voltas é a que vale para efeito de classificação. No ``pole day", o carro com a melhor média é o pole position, o que larga na frente (são 33 carros que largam nas 500 Milhas). O segundo melhor tempo fica com o segundo lugar, o terceiro tempo com a terceira colocação e assim sucessivamente. Muitas vezes, porém, ocorre de não se completarem todas as 33 posições do grid. Os pilotos que consideram seu tempo no ``pole day" um mau resultado podem abortar o resultado e ir para a repescagem. Na primeira repescagem, que acontece hoje, o carro com a melhor média horária ocupará o lugar no grid imediatamente posterior ao último classificado do ``pole day", mesmo que seu tempo seja superior até ao do pole position. Ou seja, a única posição garantida é a do pole position, definida ontem no pole day (dia do pole). Completadas as 33 vagas, ocorrem as outras duas repescagens, no final de semana que vem. Aí, os carros mais lentos, que conseguiram as últimas colocações no grid provisório, correm o risco de serem eliminados. Se um piloto faz média superior à do mais lento do grid, este último cai fora -esteja ele na posição que estiver- e o novo classificado passa a ocupar a 33ª vaga do grid. Por esse motivo, quem fizer, já no ``pole day", uma boa média, praticamente garante seu lugar na corrida. Esta é a estratégia dos brasileiros em geral, mas principalmente de Mauricio Gugelmin, o mais rápidos entre os corredores do Brasil nos treinos livres -não classificatórios- desta semana. A partir de amanhã, o carro principal do piloto deve ficar na sede da Pacwest, localizada em Indianápolis (meio-oeste dos EUA). Apenas o carro reserva será usado para testes, visando à preparação para a corrida. ``Aqui em Indianápolis, quem se classifica é o carro, não o piloto. Por isso, não podemos correr o risco de perder num treino livre um carro já classificado", afirmou Gugelmin. Todas os ajustes que forem feitos no carro reserva de Gugelmin também serão realizados no carro principal, a ser usado na prova. A equipe Tasman, do também brasileiro André Ribeiro, vai ainda mais longe. Depois que o brasileiro se tornou o mais rápido ``rookie" (iniciante) da história de Indianápolis, a escuderia pretende acertar o carro principal para as 500 Milhas no início da semana. O carro reserva seria levado para Milwaukee (norte dos EUA). Lá, o time já faria os primeiros testes para a sétima etapa da Indy, marcada para o dia 4 de junho no circuito oval daquela cidade. A situação de Emerson Fittipaldi, duas vezes vencedor das 500 Milhas, é bem diferente. ``A partir de segunda-feira, vamos trabalhar para acertar o carro", contou ele. ``Andar de tanque cheio e preparar para a corrida, só se for no finalzinho da semana", completou o brasileiro. LIGUE para o Folha Informações Esporte, 900-0316, e saiba quem fez a pole position das 500 Milhas de Indianápolis. A ligação custa R$ 1,17 por minuto e o serviço funciona em todo o Estado de São Paulo NA TV SBT, programa especial sobre a Indy, às 8h30 Texto Anterior: Barrichello sente a pressão Próximo Texto: Mercedes já recebe crítica Índice |
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