São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Doris e Rock garantem a noite

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

A imagem que ficou de Doris Day -heroína de ``Não Me Mandem Flores" (Globo, 1h) soa, hoje dia, antipática: ela foi a eterna virgem, a padroeira do conservantismo em matéria de costumes.
Há quem não goste de ``O Homem que Sabia Demais", de Hitchcock, só porque ela está lá, familiar como sempre.
É um pouco injusto. Se a virgindade (ou recato, ou lá o que seja) de Doris parece tão ofensiva, isso se dá na mesma proporção em que sua imagem transmite sensualidade.
Ela não é insossa, está longe de ser feiosa, mas seu destino é a família. Mesmo quando, por força das circunstância, acha-se em situações ambíguas, como aqui: o marido pensa que está para morrer e trata de procurar boas mãos para deixá-la.
Não só Doris permite que se explore bem essa ambiguidade como não custa lembrar que ela e Rock Hudson formavam uma dupla harmônica (aqui em seu terceiro encontro). ``Não Me Mandem Flores" não é uma comédia retumbante, mas tem leveza e os mal-entendidos necessários para passar a madrugada sem desgostos. No mais, as opções rareiam.
(IA)

Texto Anterior: Convidados mornos arruinam 'talk shows'
Próximo Texto: Titãs mostram sua porção "neguinha"
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.