São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995 |
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Menem já estuda aumento de impostos
SÔNIA MOSSRI
Em título na Primeira Página de ontem, foi escrito de forma errada o nome do presidente argentino. O correto é Carlos Menem. Menem já estuda aumento de impostos O presidente Carlos Menem, após obter um segundo mandato como indicam pesquisas de boca-de-urna, adotará novas medidas para conter gastos públicos e reordenar o sistema bancário. Um aumento de impostos está em estudo. O pacote fiscal adotado pelo ministro da Economia, Domingo Cavallo, antes das eleições não é suficiente para equilibrar as contas públicas, de acordo com a meta acertada junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Por isto mesmo, aumento do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) sobre combustíveis e cigarros, adiado por Cavallo por causa do seu efeito pouco popular às vésperas das eleições, deve acontecer no próximo semestre. Cavallo disse ontem que ``a vitória de Menem já era esperada". Segundo ele, a população preferiu optar por um governo que já mostrou que pode controlar a inflação. A primeira tarefa de Cavallo será colocar em prática o reordenamento do sistema bancário, que também foi postergardo por causa das eleições, a pedido de Menem. Atualmente, há 40 bancos abertos, mas que se encontram insolventes (incapacidade de pagar os compromissos em dia). Com a vitória de Menem, muitos vão sumir. O ministro controla atualmente 12 secretarias que equivalem atualmente a união dos ministérios brasileiros da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio, Aagricultura, Comunicações, Transportes, Minas e Energia e Integração Regional num só. Ele deve perder pelo menos três secretarias (Fazenda, Ingressos Públicos e Programação Econômica) se depender do círculo íntimo de Menem, que não aprecia a concentração de poderes de Cavallo. Cavallo pretende privatizar o sistema de atendimento de saúde dos aposentados (Pami), o que certamente provocará polêmica no Congresso Nacional. A Argentina terminará 95 com recessão, que se iniciou no último trimestre do ano passado. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) pode ser negativo. Em pesquisa mensal realizada por este instituto junto a empresários, 71% dos consultados afirma que ``é com bastante dificuldade que se cobra dívidas" atualmente. É o rompimento da cadeia de pagamentos por causa da falta de crédito. Texto Anterior: Queda da inflação elege mais um no continente Próximo Texto: OLP condena líder do Hamas a dois anos Índice |
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