São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995 |
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Relator admite doação da OAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O deputado Jorge Tadeu Mudalen (PMDB-SP), relator da emenda que quebra o monopólio estatal na distribuição de gás canalizado, admitiu ter recebido doações da OAS para sua campanha. Ele disse, porém, que nunca pretendeu beneficiar a empreiteira as emendas que apresentou ao Orçamento.``Só me preocupei com minhas bases eleitorais", afirmou, ao comentar a apresentação de emendas que destinavam recursos para obras da empreiteira. Ele disse que não fará qualquer pressão para manter o artigo 2º da emenda. Folha - A polêmica em torno da emenda do gás não seria evitada se o nome das empresas que dominam o setor tivesse sido revelado aos integrantes da comissão que analisou o assunto? Jorge Tadeu Mudalen - Acho que sim, pois a celeuma começou com a denúncia de que a emenda poderia beneficiar A ou B. Folha - Nenhum deputado se preocupou em saber quais eram as empresas envolvidas? Mudalen - Não. Inclusive os representantes da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás) prestaram depoimento na comissão e não foram questionados sobre isso. Folha - O senhor sabia que a Abegás havia auxiliado o deputado Hélio Rosas (PMDB-SP) na coleta de assinaturas para a apresentação da emenda que resultou no polêmico artigo 2º? Mudalen - Não. Folha - O sr. recebeu doações de campanha da OAS? Mudalen - Recebi. Está tudo registrado no Tribunal Regional Eleitoral. Não há irregularidade. Foram cerca de R$ 260 mil, trocados por bônus eleitorais. Isso não tem nada de mais. Até o PT recebeu contribuições de empreiteiras. Texto Anterior: Câmara vota texto que favorece empreiteira Próximo Texto: Lula diz que governo "aposta no impasse" Índice |
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