São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 1995
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Dallari pede que se evite serviços com preços altos

DA SUCURSAL DO RIO

O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, disse ontem que o consumidor precisa evitar os prestadores de serviços que estejam praticando ``preços exorbitantes".
``Às vezes, é mais barato você jogar fora alguns eletrodomésticos e comprar outros do que mandar reformar", afirmou Dallari.
O secretário credita a ``um resquício da cultura inflacionária" o comportamento de alguns empresários e prestadores de serviços de aumentarem seus preços.
Dallari esteve reunido ontem com empresários na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, para discutir problemas de diversos setores da indústria.
Ele disse que houve ``arrefecimento da velocidade do crescimento do consumo de 15 dias para cá". Ou seja, o consumo caiu.
Segundo ele, as medidas de contenção do crédito que o governo adotou ``vão ter efetividade ainda em maio e em junho".
Dallari reconheceu, no entanto, que o aumento do salário mínimo pode estimular o consumo. No dia 1º de maio, o salário mínimo passou de R$ 70 para R$ 100.
``As pessoas vão receber o salário até o dia 5 de junho e então vamos ver qual será o comportamento do consumidor", afirmou.
Dallari viajaria ontem à noite para Londres (Inglaterra), onde representará o Brasil em reunião dos países produtores de café.
Ele anunciou que o governo brasileiro vai leiloar 250 mil sacas de café por mês para manter estável o preço no mercado interno.
Segundo o secretário, o ideal é que o quilo de café para o consumidor custe de R$ 4,70 a R$ 5,80.

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