São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 1995
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ACM acusa Itamar de perturbar o país

RAQUEL ULHÔA
SHIRLEY EMERICK

RAQUEL ULHÔA; SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), 67, criticou ontem, em discurso no Senado, o atual comportamento do ex-presidente Itamar Franco, 63.
ACM acusou Itamar de ter ``feito tudo para acabar com o Plano Real" e afirmou ter havido corrupção no seu governo.
Segundo ACM, Itamar está ``perturbando" a vida nacional, por demorar tanto a assumir a embaixada do Brasil em Portugal -foi indicado para o cargo há mais de cinco meses- e ao enviar ``telegramas ofensivos" a FHC.
``Sua excelência, apesar da idade que tem, ao invés de assumir a embaixada, vem demonstrando um saudosismo desesperado, tentando perturbar a vida da nação, com pronunciamentos descabidos e prejudiciais ao bom andamento da marcha política do país", disse.
Além disso, afirmou que Itamar ``fez de tudo para que o plano (Real) não desse certo: nomeou e readmitiu quando não podia, enfim, fez tudo o que era possível para aumentar os gastos públicos, inclusive a corrupção que houve nos Ministérios das Comunicações e da Educação".
Ex-ministros de Itamar, os senadores Élcio Álvares (PFL-ES) e Beni Veras (PSDB-CE), e o ex-líder do seu governo no Congresso, Roberto Freire (PPS-PE), defenderam o ex-presidente. A Agência Folha enviou a Itamar texto com as críticas. Não se manifestou.
Ao deixar o plenário, ACM discutiu com professores universitários. Ele xingou e segurou com força o braço da professora Elza que o teria chamado de ``vagabundo" e ``cachorro" da galeria do Senado. Elza não quis identificar seu sobrenome. O senador Carlos Wilson (PMDB-PE) levou ACM para seu gabinete.

Colaborou a Agência Folha.

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