São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 1995
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Coronel da reserva interrompe blitz da polícia

MALU MACHADO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um engarrafamento de duas horas na Linha Vermelha, ontem pela manhã, em consequência de uma blitz da PM (Polícia Militar), só terminou com a intervenção de um coronel da reserva da PM.
O coronel César Pinto, utilizando o rádio dos próprios policiais que faziam a blitz, pediu ao comando da corporação o fim da operação, por estar causando confusão no trânsito, que ficou parado por três quilômetros.
Depois da solicitação do coronel, os policiais trocaram as armas por apitos e passaram a ajudar os motoristas a se livrarem do congestionamento.
O coronel era comandante do 9º BPM (Batalhão da Polícia Militar) e foi afastado depois da chacina ocorrida na favela de Vigário Geral (zona norte), em agosto de 1993, quando morreram 21 pessoas.
O coronel está com uma ação na Justiça do Estado, pedindo sua reinteração à corporação. Nas últimas eleições, César Pinto foi candidato a vice-governador do Rio pelo Prona.
Por determinação da Secretaria da Segurança Pública, a Polícia Militar está realizando blitze desde quinta-feira em pontos estratégicos no Rio.
Essas operações, que reúnem cerca de 10 mil policiais por dia, visam ampliar o combate ao narcotráfico no Rio.
Diariamente a PM interdita ruas e algumas das principais vias de acesso à cidade. O objetivo é capturar assaltantes de bancos e traficantes.
Além de pontos estratégicos na região metropolitana do Rio, há pontos fixos de fiscalização policial nas fronteiras com Estados vizinhos.
Ontem, além da Linha Vermelha, os policiais fizeram blitze na ponte Rio-Niterói, rodovia Dutra (na altura da Pavuna, zona norte), praia de Botafogo (zona sul) e estrada Niterói-Manilha (região metropolitana).

* Colaborou a Redação.

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