São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 1995
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A ingratidão não define o homem

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Mauro Salles me contou a seguinte história real:
O deputado foi contar a Tancredo Neves que um de seus assessores o criticava constantemente. E Tancredo respondeu:
``Mas como? Eu ainda nem o ajudei!"
Todos já experimentamos a ingratidão. Tancredo tratou o assunto com bom humor e sabedoria; outros perdem a confiança no ser humano, e param de fazer qualquer coisa pelos outros.
Será que ajuda saber que isto não acontece só com você? Espero que sim. Porque as pessoas ingratas não podem moldar nosso comportamento. Elas não têm o poder de definir nosso caráter.
Deus -cuja opinião, no fundo, é a única que conta- jamais foi ingrato conosco. Vamos nos agarrar nisto; vamos continuar tentando nos comportar como queremos.

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