São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 1995
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PFL e PSDB tentam coordenar adesões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os cardeais do PFL e do PSDB decidiram que precisam evitar que os dois principais partidos da coligação governista entrem em rota de colisão por causa de seus projetos expansionistas.
A decisão foi tomada na noite de quarta-feira, durante jantar promovido pelo vice-presidente Marco Maciel, no Palácio do Jaburu.
Dirigentes e líderes de bancadas presentes concluíram que a transferência de quadros entre os dois partidos vem ocorrendo em função de acomodações políticas regionais, não caracterizando ato deliberado do PFL ou do PSDB para se fortalecer à custa do aliado.
Não houve, porém, o fechamento de nenhum acordo para administração dessas transferências. Cada partido continuará tocando os seus projetos de ampliação de quadros visando às eleições de 96.
O encontro do Jaburu durou duas horas e teve duas etapas.
Na primeira, o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães, e os líderes partidários reconheceram que, apesar das vitórias recentes, o governo ainda corre riscos nas votações de emendas como a das telecomunicações e a do monopólio do petróleo.
Depois disso, Luís Eduardo e o líder do governo no Senado, Élcio Álvares, retiraram-se devido a outros compromissos. Marco Maciel então sinalizou o tom da segunda etapa.
``Bem, agora vamos ao nosso assunto", disse o vice-presidente para o ministro Sérgio Motta, dando a senha para o tema da disputa PFL versus PSDB.
Motta respondeu que era muito bom estarem ali reunidos para conversar e evitar intrigas e sugeriu que os encontros se repetissem. Maciel, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, o presidente do PSDB, Arthur da Távola, e os líderes Sérgio Machado e José Aníbal (PSDB) concordaram.

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