São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995 |
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Há espaço para baixar juro
DA REPORTAGEM LOCAL O governo pode baixar os juros dos atuais 4% para 3,6% e reduzir o custo da sua dívida interna, sem correr o risco de provocar uma fuga das aplicações financeiras para o consumo.A fórmula, segundo o economista-chefe da Brasilpar Administração de Recursos, Flávio Nolasco, é simples: basta retirar o Imposto de Renda na fonte de 10% sobre os rendimentos das aplicações financeiras (exceto a poupança, que já é isenta). O rendimento líquido atual, livre do IR, seria o mesmo para o investidor, mas o governo economizaria cerca de US$ 300 milhões por mês (US$ 3,6 bilhões ao ano). Com a taxa atual de 4%, a conta mensal dos juros sobre a dívida de US$ 75,3 bilhões é de US$ 3 bilhões. Com 3,6%, ela cai para US$ 2,7 bilhões. O saldo é até favorável para o Tesouro Nacional, que banca sozinho a conta dos juros, mas é obrigado a transferir 47% da receita do IR para Estados e municípios. Essa redução na taxa de juros, na avaliação do ex-ministro Mailson da Nóbrega, não compromete a contenção do crédito, pois mantém inalterada a escassez de recursos nos bancos. Segundo ele, o BC retirou R$ 54 bilhões (US$ 60 bilhões) do sistema financeiro por meio dos compulsórios. Texto Anterior: Mailson defende o aperto no crédito Próximo Texto: Taxa de juro na estratosfera confirma poder de Malan Índice |
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