São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995
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Calote se espalha por todo o interior de SP

DAS REGIONAIS

A inadimplência cresce no interior paulista, agravando a situação financeira de municípios que concentram empresas prejudicadas com a concorrência de importados, como as indústrias têxteis.
Em Americana (133 km a noroeste de SP), a inadimplência já está afetando os tributos municipais. Segundo o prefeito Frederico Pollo Muller (PMDB), a receita do município com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sofreu uma queda de 25% devido ao calote das empresas.
As medidas anticonsumo aprofundaram a crise das empresas têxteis de Americana, que foram afetadas com a entrada de tecidos importados a preços menores do que o produto nacional.
Em Campinas (99 km a noroeste de SP), a Serasa (Centralização de Serviços dos Bancos) registrou 7.477 títulos protestados em março deste ano, 110% acima dos 3.568 protestos no mesmo mês de 94.
Em Ribeirão Preto (319 km ao norte de SP), oito empresas pediram concordata nos primeiros quatro meses deste ano, um número recorde desde 1987, quando foram registrados dez pedidos no mesmo período.
O comércio varejista de Franca (401 km a norte de SP) registrou um crescimento de 116% de inadimplência no primeiro quadrimestre do ano em relação ao mesmo período de 94.
A Associação Comercial e Industrial de Franca contabilizou 21.440 registros de pagamentos em atraso de janeiro a abril deste ano, contra 9.882 nos quatro primeiros meses de 94.
São José do Rio Preto (452 km a noroeste de São Paulo) registrou no primeiro quadrimestre deste ano 50 falências de empresas, 78,5% a mais do que no mesmo período de 94.
Os pedidos de falência aumentaram rapidamente desde janeiro passado, quando foram registrados dois casos, subindo para 14 no mês seguinte, para 16 em março e chegaram a 18 em abril, segundo dados da Serasa.
Os títulos protestados aumentaram 122% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 94.
O número de falências requeridas por empresas de São José dos Campos (97 km a nordeste de SP) cresceu 150% no primeiro bimestre de 95 em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Serasa.
O número de protestos registrados nas associações comerciais de São Bernardo e Santo André aumentou mais de 50% nos quatro primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

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