São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995 |
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México obtém terceiro superávit consecutivo
FLAVIO CASTELLOTTI
O saldo acumulado nos primeiros quatro meses do ano é de US$ 1,16 bilhão, contra um déficit de US$ 5,7 bilhões no mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério da Fazenda e ainda estão sujeitos a ajustes. As cifras indicam queda de 15,4% no volume de exportações de abril com relação ao mesmo mês de 1994. Pelo terceiro mês consecutivo, a balança comercial mexicana apresenta um superávit. Isso depois de quase cinco anos de sucessivos resultados negativos. O constante déficit comercial mexicano, que chegou a US$ 25 bilhões no ano passado (8% do PIB), foi uma das principais causas da crise mexicana de dezembro (quando o dólar, antes vendido a 3,50 novos pesos, chegou a valer 8,00 novos pesos). A inflação mensal de abril (8%) superou a taxa anual de 1994 (7%) e foi a mais alta dos últimos sete anos. A taxa de desemprego do primeiro trimestre (5,2%) também é recorde absoluto, desde que entrou em vigor a pesquisa de nível de emprego do Inegi (Instituto Nacional de Estatística Geografia e Informática), em 1987. Segundo dados do Ministério da Fazenda, o PIB (Produto Interno Bruto) decresceu 0,6% nos três primeiros meses de 1995. Contudo, dados do grupo financeiro Serfin indicam queda de 2,3%. Sergio Sarmiento, destacado articulista econômico mexicano, acredita que a economia do país é sólida o suficiente, para começar a apresentar sinais de recuperação já em finais deste ano. ``Os capitais que tinham que ir já foram. A Bolsa já está mostrando tendências positivas", disse Sarmiento à Folha. Ele confia nas previsões do governo de retomada do crescimento econômico em 1996. Texto Anterior: Autoritarismo econômico Próximo Texto: Habermas e a economia Índice |
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