São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995 |
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Burocracia tinha alto custo
FERNANDO PAULINO NETO
Quem acha isso fala com conhecimento de causa. O presidente da CSN, Silvio Coutinho, 24 anos na empresa, conheceu por dentro a gestão estatal e agora está à frente da administração pós-privatização. A CSN, localizada em Volta Redonda, a 134 km do Rio, vai distribuir R$ 92,7 milhões referentes aos resultados de 1994. Coutinho diz que a necessidade de concorrência para adquirir equipamentos e serviços acabava encarecendo e tornando mais demorado o processo de compras. Ele cita como exemplo o fato de a CSN, antes da privatização, praticamente não comprar de fornecedores da região. ``Com as concorrências, as empresas de São Paulo, mais bem estruturadas, levavam vantagem", disse. ``Hoje a gente tem flexibilidade para negociar. Antes, precisava de no mínimo 180 dias para concluir uma negociação. Hoje, fazemos em 60 dias e queremos baixar para 45 dias já no final de junho." Em fevereiro, as empresas da região venderam US$ 4,3 milhões para a CSN, enquanto antes da privatização ficavam em US$ 40 mil. As principais vantagens do sistema atual, para Coutinho, são o barateamento das compras (menores despesas de frete) e a possibilidade de a empresa fiscalizar mais de perto a qualidade dos produtos. Coutinho disse que, depois da privatização, a produtividade da empresa aumentou. Em 1990 tinha 24.500 empregados próprios e 4.000 contratados (não funcionários). No final de 94 eram 14.800 empregados e 3.300 contratados. No mesmo período, aumentou a produção. Em 1990, a CSN produzia de 2,7 milhões de toneladas de aço líquido e, no ano passado, passou para 4,6 milhões de toneladas do produto. Texto Anterior: Empresas ganham agilidade e comemoram os resultados Próximo Texto: Gestão acaba com ação de políticos Índice |
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