São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995 |
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Crédito entre empresas escapa do compulsório
DA ``AGÊNCIA DINHEIRO VIVO" Os bancos continuam emitindo cartas de fiança para lastrear operações de crédito entre empresas (mútuo), sem o compulsório.O custo, entre 0,5% e 1% ao ano antes da circular 2.563, agora é de 6% a 10% ao ano. Em alguns casos, pode cair para 4%. Há três formas de driblar o recolhimento dos 60%: emissão da carta por uma filial do banco no exterior; por uma empresa não-financeira do grupo; por uma trading. No primeiro caso, porque o BC não tem poderes sobre instituições fora do país. No segundo, porque empresas não-financeiras estão fora das regras. No terceiro, como quem empresta é uma trading, o banco emite uma carta de crédito própria para lastrear operações de exportação, isenta de compulsório. Os juros de uma operação de mútuo em que o doador é uma empresa de comércio exterior estão ao redor de 22% ao ano, mais variação cambial. Com a taxa da carta de fiança, o custo final oscila entre 31% e 36% ao ano, mais câmbio, por prazos de seis meses a um ano -mais caro que o aluguel de export notes (29% mais câmbio) e a compra de performance de exportação (21% mais câmbio). O mercado de ouro tem mais uma opção de crédito entre empresas (sem compulsório). A empresa que empresta o dinheiro vende ouro para a tomadora com preço (que já embute juros) e prazo de pagamento determinados. A tomadora revende o metal na BM&F, ficando com o dinheiro. Texto Anterior: Bancos avaliam dimensão do aperto monetário Próximo Texto: BFB estabelece ``eixos" de qualidade Índice |
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