São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995 |
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Romance idealiza 'gênio improdutivo'
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
Ciência se faz com papel e lápis, trancado em casa. A única forma legítima de transmitir idéias é surgir de repente em um congresso, dar uma aula brilhante, reduzir a pó seus pares e depois desaparecer rumo a novo isolamento. Assim funciona a mente genial do físico Arnold Scalapino, personagem do romance ``Good Benito", de Alan Lightman, lançado no fim de 1994 nos EUA e ainda inédito no Brasil. Lightman, professor de física e literatura no prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts, escreveu também o best seller ``Sonhos de Einstein". ``Good Benito" narra o desespero de um jovem cientista, Bennett Lang, contratado por uma pequena faculdade não para dar aulas, mas para convencer Scalapino, docente ali, a produzir algo. Em dez anos como professor, Sacalapino não escreveu nada. E nem tinha escrito antes. Mas mantém-se um semideus por conta de duas aparições em congressos, anos atrás, tão seminais quanto tempestuosas. No mundo de Scalapino não existe o ``Citation Index". (APJ) Texto Anterior: Robert Gallo bate a USP Próximo Texto: Doutorado de Einstein foi mais citado que relatividade Índice |
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