São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SEXTO; SÉTIMO; OITAVO; NONO; DÉCIMO

SEXTO
A bactéria Trabulsiella guamensis é uma das responsáveis pela morte, por disenteria, de 5 milhões a 10 milhões de crianças ao ano. Recebeu seu nome do pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP Luiz Rachid Trabulsi, 67. Formado em medicina pela Federal da Bahia, com doutorado na Universidade Erlangen, na Alemanha, Trabulsi se aposentou pela Escola Paulista de Medicina e, em 92, voltou a trabalhar, na USP.

SÉTIMO
Johanna Dõbereiner nasceu em Praga, na então Tchecoslováquia, e estudou agronomia na Universidade de Munique. Veio para o Brasil na década de 50 e se naturalizou brasileira. Sua área de pesquisa é a microbiologia do solo, notadamente o papel das bactérias na fixação de um elemento vital, o nitrogênio, pelas plantas. Fez mestrado nos anos 60 nos EUA. Tem doutorados honorários pela Universidade da Flórida (EUA) e UFRJ.

OITAVO
``O Brasil é um país que tem muito título e pouca competência", avalia o cientista e médico Roberto Badaró, 43, da UFBA. ``Não tem genialidade, é persistência", acrescenta, para explicar os bons resultados de seus trabalhos com leishmaniose. Professor também na Universidade Cornell (EUA), Badaró afirma que, além da falta de verbas, falta aumentar o nível de exigência entre os cientistas para a ciência brasileira avançar.

NONO
Além de estudar dados sobre a produtividade da ciência no país, Leopoldo Demeis, 57, pesquisa no Departamento de Bioquímica da UFRJ a maneira como a energia é utilizada e se transforma nos seres vivos. Focaliza, em particular, como íons (por exemplo, o cálcio) são translocados pela membrana celular. Sua mais recente criação é o curso de pós-graduação de educação, difusão e gestão em ciência, aberto há duas semanas.

DÉCIMO
``Toda a avaliação quantitativa é relativa", diz o médico Ésper Cavalheiro, da Escola Paulista de Medicina. Segundo ele, que trabalha com epilepsia como modelo para entender o funcionamento do cérebro, alguns trabalhos de pesquisa realizados aqui não têm interesse para a comunidade internacional. Para Cavalheiro, ter 170 pesquisadores com mais de 200 citações num período de 12 anos, mostra que o esforço desses mesmos pesquisadores valeu a pena.

Texto Anterior: Pesquisador nº 1 do país é argentino
Próximo Texto: SATISFAÇÃO; CASAL; DERROCADA
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.