São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 1995 |
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"Sadia não é pior nem diferente da sociedade"
NELSON BLECHER
``Se o pai, que foi presidente, e o avô não proporcionaram oportunidades deviam lá ter suas razões", afirmou. No livro, Yara diz que seu pai não solucionou o caso para evitar a prática de nepotismo (favorecimento a familiar). Segundo Furlan, Yara, além de possuir diploma universitário é ``persistente e capacitada, porém nem sempre o fato de preencher as condições significa que o casamento com a empresa dê certo". Ele disse que, na condição de mãe de três filhos, Yara tinha limitações para trabalhar em tempo integral. Ela nega: ``Isso ocorreu apenas por ocasião dos partos". Furlan afirma compartilhar a tese exposta por Yara sobre a discriminação contra mulheres: ``Reconheço a legitimidade do livro, mas não acredito que a Sadia seja diferente ou pior que a sociedade brasileira. Discriminação existe não somente em empresas familiares e não fazemos exceção à regra". Mais de 66% do capital da Sadia são controlados por grupos familiares, representados, na maioria, por mulheres, diz Furlan. A empresa, diz ele, passou por uma reforma organizacional e está sendo estruturada em moldes de gestão profissionalizante, que vem reduzindo o número de familiares em cargos operacionais. (NB) Texto Anterior: Os gurus e a retórica da meia-lógica Próximo Texto: Reforma bancária pode demorar até seis meses Índice |
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