São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 1995 |
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Honestidade não pede vigilância
PAULO COELHO
O outro respondeu: ``Não. Uma vez, quando eu estava sozinho, ele perguntou se eu lia poesias. Respondi que não, e ele mandou lê-las, porque as poesias abrem o caminho da inspiração divina". ``Outra vez ele me perguntou se eu praticava os rituais de adoração a Deus. Respondi que não, e ele mandou fazer isto, pois o ato de adorar faria com que eu me entendesse. Mas nunca ficou me vigiando para ver se eu o obedecia." Quando Chen Ziqin retirou-se, disse para si mesmo: ``Fiz uma pergunta e obtive três respostas. Aprendi algo sobre as poesias. Aprendi algo sobre os rituais de adoração. E aprendi que um homem honesto nunca fica vigiando a honestidade dos outros". Texto Anterior: "O Cinema das Lágrimas" fracassa Próximo Texto: Roteiro é arma de Bryan Singer em Cannes Índice |
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