São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995 |
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Justiça acata denúncia contra o presidente da Philip Morris
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
O acolhimento ocorre quando o magistrado considera que a denúncia está tecnicamente bem elaborada, para que sejam ouvidas em juízo os acusados e as testemunhas. O promotor Marco Lima denunciou o presidente da Philip Morris, Richard Sucre, e outros seis diretores da empresa, sob acusação de constrangimento, escuta telefônica ilegal e manutenção de cárcere privado. A denúncia ocorre quando o promotor considera procedentes as investigações policiais, a ponto de poder remetê-las à Justiça pleiteando condenação. Marco Lima pede penas de cinco anos para o presidente e os diretores da Philip Morris. Os executivos Antônio Carlos Ferreira da Silva, Isael Pinto e José Martinho Quintal de Freitas dizem-se vítimas da Philip Morris. Alegam que a empresa instalou escuta telefônica ilegal em seus aparelhos. Sustentam também que teriam sido ameaçados de morte, por seguranças da empresa, quando comunicaram que se desligariam da divisão Q-Refresco da multinacional, no dia 27 de março passado. Os três executivos ainda sustentam que foram trancados em cárcere privado, na Philip Morris, e revistados com armas apontadas contra seus peitos. Os executivos são acusados pela Philip Morris de terem se desligado, ao mesmo tempo, para fundarem uma empresa concorrente. A multinacional sustenta que os três estariam desviando segredos industriais da Q-Refresco para a empresa que montariam para concorrer com a divisão da Philip Morris. Texto Anterior: Impasse marca negociação na Casa Centro Próximo Texto: Salários até 3 mínimos terá correção Índice |
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