São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995
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Sou contra a pedrada e a favor da pedra!

JOSÉ SIMÃO
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Sensacional! Maravilhoso! Glória Menezes prota-agonizou uma das cenas de morte mais hilárias da televisão. Parecia que tava imitando um tatu morrendo. Aí uma amiga perguntou: ``Ela tá deitada pra morrer ou pra fazer mais uma plástica?" Rarará! Veneno, de mulher para mulher!
E as narinas deitadas? Dois túneis! Parece o Complexo Viário Ayrton Senna. Se o Maluf pega a Glória Menezes deitada ele bota uma placa na narinas dela -``Mais uma obra do Maluf". Que absurdo!
E a cena culmina no enterro: o tatu volta pro buraco. E aproveitam pra fazer merchandising do cemitério do Morumbi. Merchandising de cemitério?! Absolutamente inédito! Dependendo da conta do cemitério a Globo enterra o elenco inteiro!
E adorei a Zezé Motta com seu pijamita Chica da Silva. Pijamito étnico. E uma tarada pelo gatão da Tyoná Magalhães reclama: ``Ele só aparece de vez em quando e quando aparece aparece de costas e de roupa". Deve tá vendo a novela em hora errada. Tarada sem sorte!
E bomba! Bomba! Sou contra a pedrada, mas a favor da pedra. A pedra bateu no vidro do ônibus do Fernando Henrique, foi parar no ``Jornal Nacional" e terminou no Memorial FHC. Dentro de uma câmpanula com a plaquinha embaixo: reacionária. É verdade. O secretário tiete do FHC que organiza diz que na sociologia tucana a pedra é reacionária! Não é sensacional?!
CUT X FHC: na briga do rochedo contra o mar quem se espatifa é o caranguejo. Nóis! Greves, pedras, juros e calotes. Tá pior que aquela camiseta que eu vi na rua: ``Tem dias que de noite é foda." Rarará!
Malan diz que os juros caem. Dependendo das privatizações e da reforma fiscal. Como vão privatizar tudo amanhã e a reforma fiscal é pra depois de amanhã, no sábado os juros caem. Rarará. Precisa ouvir mais o Marco Maciel que diz que jamais especula sobre hipóteses. Rarará! Vai indo que eu não vou!

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