São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995 |
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`Se eu tiver que atirar, vou atirar'
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA Erramos: 26/05/95Ao contrário do que afirma a reportagem "Se eu tiver que atirar, vou atirar", publicada à pág. 1-6 ( Brasil) da edição de ontem, foram três, e não dois os mortos na ação do Exército na Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, em 1988. `Se eu tiver que atirar, vou atirar' O comandante da 5ª Região Militar, general Antônio Araújo de Medeiros, disse ontem que não descarta a possibilidade de um confronto entre soldados do Exército e petroleiros. ``Vamos evitar ao máximo o confronto. Mas se tiver que acontecer, nós não vamos fugir dele", afirmou o general, responsável pelas tropas do Exército no Paraná e em Santa Catarina. Medeiros afirmou que não vai hesitar em atirar contra os trabalhadores caso a segurança da Repar (Refinaria Getúlio Vargas), em Araucária, seja colocada em risco. ``Se eu tiver que atirar, eu vou atirar para manter a integridade das instalações. Isso é uma coisa certa", declarou. A Repar foi ocupada na madrugada de ontem. Veja a seguir os principais trechos da entrevista que ele concedeu à Agência Folha. Agência Folha - Qual a função dos soldados na Repar? Antônio Araújo de Medeiros - Nós estamos lá para garantir a integridade e a segurança da refinaria. Os soldados circulam pelas áreas. Formamos uma espécie de cinturão de segurança. Agência Folha - Qual a orientação dada aos soldados? É a de que eles atirem, assumam o comando? Medeiros - Como é que eu permito (faço) a segurança das instalações e a segurança do pessoal que funciona lá? Eu te pergunto. Agência Folha - Não sei. Medeiros - Você não se dá conta da segurança? Como é que eu permito a segurança das instalações? Eu permito impedindo que alguém vá lá e danifique. Então, se eu tiver que atirar, eu vou atirar para manter a integridade das instalações. Isso daí é uma coisa certa. Agência Folha - Mas o senhor não teme um confronto como o que ocorreu na CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em 1988, em que dois operários foram mortos? Medeiros - Você se reporta a uma situação que a gente pode analisar por vários ângulos. Eu não vou analisar isso aí para você, não. Você tem uma versão, e eu tenho outra. Agência Folha - O senhor, então, não teme um confronto entre soldados do Exército e petroleiros? Medeiros - Nós vamos evitar ao máximo um confronto. Evitar ao máximo é a lógica. Se tiver, por infelicidade, que acontecer, nós não vamos fugir dele. Texto Anterior: Petrobrás recupera 50% da capacidade Próximo Texto: Leia a íntegra da fala de Brito Índice |
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