São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995 |
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Tucano quer cargo para votar
CARLOS EDUARDO ALVES
Boa parte dos tucanos relutantes em assumir a defesa da proposta governamental não se conforma com o pouco espaço ocupado até agora. Nas discussões, os líderes prometeram resolver as pendências rapidamente. Embora não faça a relação direta entre a dificuldade de convencer alguns deputados que ameaçavam desafinar o coro privatista e a reivindicação por cargos, o líder da bancada tucana, José Anibal (SP), admite descontentamento. ``Existe queixa do pessoal que está achando que santo da casa não faz milagre", disse Anibal. Traduzindo: um setor da bancada tucana acha que, nos Estados, a fatia nobre do poder está sendo destinada preferencialmente a PFL e PMDB e não ao PSDB, partido de FHC. Para evitar a expressão luta por cargos, o vice-líder Ubiratan Aguiar (CE) criou um eufemismo para explicar a situação. ``Alguns deputados estão nos mostrando a necessidade de implementar sua participação no governo", diz. Para tentar coordenar a ameaça de rebeldia em plenário na votação da quebra do monopólio das telecomunicações, Anibal e mais 11 deputados tucanos estiveram de manhã com o ministro das Comunicações, Sérgio Motta. A queixa principal do grupo foi a troca da defesa da proposta inicial do governo pelo substitutivo do relator, deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Aparentemente, Motta convenceu os interlocutores sobre a necessidade de votar pela quebra do monopólio, com o substitutivo. Mas o clima tenso não autorizou nenhum líder tucano a garantir a votação consensual da bancada. O deputado Domingos Leonelli (BA), dissidente da bancada na questão monopólio, foi à tribuna da Câmara encaminhar pela derrota da proposta governista. O temor maior da liderança tucana é a votação da proposta que quebra o monopólio do petróleo Texto Anterior: Telefônicos fazem campanha na TV Próximo Texto: PMDB não obtém consenso Índice |
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