São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995 |
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No PSDB, oito votam contra
CARLOS EDUARDO ALVES
O líder dos tucanos na Câmara, José Anibal (SP), disse na véspera da votação que só o deputado Domingos Leonelli (BA) não endossaria o fim do monopólio. Votaram para manter o controle estatal os peessedebistas: Eduardo Barbosa (MG), Antônio Carlos Pannunzio (SP), Régis de Oliveira (SP), Tuga Angerami (SP), Roberto França (MT), Flávio Arns (PR) e Ezidio Pinheiro (RS). Anibal tentou minimizar a divergência na bancada. ``Alguns deputados preferiam o projeto original do governo e não o parecer do relator que foi votado", disse. Não faltou esforço para que a defecção fosse menor. De manhã, o líder e mais 11 tucanos se reuniram com o ministro Sérgio Motta (Comunicações) para evitar uma rebelião maior. A discussão sobre a queda do monopólio das telecomunicações mostrou ainda que a bancada do PSDB luta por cargos e nomeações na administração federal. Boa parte dos tucanos relutantes em assumir a defesa da proposta governamental não se conforma com o espaço ocupado até agora. Nas discussões para convencimento dos que ameaçavam rebeldia, os líderes do partido prometeram que as pendências serão resolvidas rapidamente. Embora não faça a relação direta entre a dificuldade de convencer alguns deputados que ameaçavam desafinar o coro privatista e a reivindicação por cargos, José Anibal admite a existência do descontentamento. ``Existe queixa do pessoal que acha que santo da casa não faz milagre", disse Anibal. Ou seja: um setor da bancada acha que nos Estados a fatia nobre do poder está sendo destinada ao PFL e PMDB e não ao PSDB, partido de FHC. O temor maior da liderança é na votação da proposta que acaba com o monopólio estatal do petróleo. Pelo menos 12 deputados tucanos ainda não se definiram. Texto Anterior: `Teles' passa na Câmara; cresce resistência Próximo Texto: PF pede inquérito para apurar denúncias Índice |
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