São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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FHC articula volta do imposto do cheque

JOMAR MORAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de anunciar oficialmente que não patrocina, apenas aceita a proposta da volta do imposto sobre cheques, o presidente Fernando Henrique Cardoso está articulando sua aprovação pelo Congresso.
Imposto sobre cheques é o apelido do IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras), que arrecadava 0,25% de saques bancários.
FHC convocou ontem a seu gabinete o presidente da Comissão de Economia da Câmara, Pauderney Avelino (PMDB-AM), para fazer-lhe um apelo em favor do imposto.
Na véspera, Avelino havia obtido do presidente do Banco Central, Pérsio Arida, a informação de que os recursos para a área da saúde passaram de R$ 180 milhões no governo Itamar para R$ 700 milhões no atual governo.
Esses números levaram o deputado a manter sua posição de que a adoção do IPMF para dar mais recursos à saúde é dispensável.
Ele chegou a afirmar que, se depender de seu empenho como presidente da comissão, a proposta nem chegará à votação no plenário da Câmara -o que deixou Fernando Henrique preocupado.
Ainda pela manhã, Pauderney Avelino foi chamado ao gabinete do ministro Adib Jatene, onde conheceu números diferentes dos que foram repassados por Arida.
Saiu de lá convencido de que os números podem ser outros, mas o argumento não é justo.
FHC pediu a ele que não dificultasse a tramitação do projeto.
Pauderney disse que manteria seu voto contrário ao IPMF.

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