São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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Greve em universidade tem adesão baixa

FERNANDO ROSSETTI
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS (SP)

Foi fraca a adesão de professores à paralisação de um dia, ontem, nas universidades estaduais paulistas. Também teve baixa participação o ato conjunto por melhores salários em frente à reitoria da Unicamp, em Campinas.
A maior adesão ocorreu entre funcionários das três universidades (USP, Unesp e Unicamp), que iniciaram uma greve por prazo indeterminado. Mas, mesmo entre eles, havia muita divisão.
Anteontem à noite, uma assembléia do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) decidiu fazer a greve por 104 votos a 101.
Na manifestação em Campinas (99 km a noroeste de São Paulo), ontem à tarde, havia de 200 a 300 pessoas. As três universidades empregam, entre professores e funcionários, 43 mil pessoas.
O Sintusp, que havia reservado mais de dez ônibus para levar manifestantes à Unicamp, acabou usando apenas três.
Durante o ato, uma comissão do Fórum das Seis (entidades de professores e funcionários das três universidades) se reuniu com o reitor José Martins Filho para discutir as reivindicações (veja quadro ao lado).
Martins, que é também presidente do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), afirmou, após a reunião, que as universidades não podem oferecer mais do que os 10% de aumento já apresentados e que poderão discutir uma política salarial quando houver uma definição melhor de qual será o orçamento das universidades.
Segundo sua assessoria de imprensa, 12 das 20 unidades da Unicamp funcionaram normalmente. Para o sindicato dos funcionários (STU), houve adesão de 90%; para a reitoria, de 5%.
O Fórum das Seis se reuniu na Unicamp após a discussão com Martins para elaborar um documento reivindicando a discussão da política salarial.
Houve piquete de funcionários no Hospital Universitário da USP. A superintendência do hospital chamou a Polícia Militar e a greve no local acabou não acontecendo.
Na Cidade Universitária da USP, em São Paulo, pararam os restaurantes, as creches e a prefeitura. No interior, segundo a reitoria, não houve paralisação.
Nem sindicato dos docentes nem a reitoria da USP fizeram levantamento de adesão à paralisação de docentes por unidade.
A Unesp teve alguma paralisação em 13 dos 15 campi, mas a adesão também não foi levantada.

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