São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995 |
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Rebelião acaba após 47 horas em São Paulo
ULISSES DE SOUZA
O fim da rebelião foi negociado pelo coordenador do sistema penitenciário do Estado de São Paulo, Lourival Gomes. Luiz Wagner, Carlos Domingues e Paulo Cesar da Silva, os três agentes penitenciários que foram mantidos como reféns pelos presos durante a rebelião, foram libertados. A rebelião começou na segunda-feira à tarde, depois que três presos simularam uma briga no pátio interno. Os agentes foram tomados como reféns ao tentar acabar com a confusão. Os três presos, sob a liderança do detento identificado apenas como Giovani -conhecido como ``Guaguinho"-, abriram todas as celas da Casa de Detenção. Eles conseguiram a adesão de todos os presos, que somam cerca de 500. Anteontem, o juiz corregedor de Assis, Oswaldo Pestana, tentou negociar a libertação dos reféns, mas não obteve êxito. Ele havia sido o mediador de uma outra rebelião com dois reféns, ocorrida há um mês, que acabou com um preso morto e mais quatro transferidos. A situação ficou tensa quando o juiz de Assis abandonou a negociação com os detentos. Os presos chegaram a mostrar os reféns através de uma porta e encostaram uma faca no pescoço de Paulo Cesar da Silva, que chegou a ser jogado no chão e chutado. Paulo Cesar Silva tinha ontem um hematoma nas costas por causa dos chutes. Os reféns receberam alimentação no período em que ficaram presos em uma das celas do presídio. Cerca de 50 policiais ficaram do lado de fora do presídio durante a rebelião. O coordenador do sistema penitenciário, Lourival Gomes, e o diretor da Casa de Detenção, Jorge Wilson Gomes, não deram entrevistas. Texto Anterior: Dona-de-casa tenta suicídio após matar a filha de seis meses em SP Próximo Texto: Aparelho usado em guerra combate seca no Nordeste Índice |
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