São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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``Viagem" é mágica do olhar

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Na ciência, assim como no cinema, se fala de tudo. De um futuro de esperanças, de momentos sombrios ou até do fim da idéia de progresso.
Talvez não seja surpresa então, a paixão que o cinema nutre pela experimentação científica que lhe serve, de maneira recorrente, de tema. A mesma paixão mostrada pelo diretor Richard fleischer em ``Viagem Fantástica", exibido hoje (21h30) pela Record.
Em um futuro de alta tecnologia, um grupo de cientistas é miniaturizado, dentro de um submarino, para tentar salvar a vida de um sábio que está morrendo.
A idéia é reconhecer o mal que há no corpo desse homem e eliminá-lo. Literalmente, por dentro.
Rodado em 1966, o filme sofre de uma influência malévola do clima da guerra fria, que reduz todo o filme, e seus personagens, a heróis e vilões.
Mas o universo de ``Viagem", como o título já revela, é fantástico ao recriar o corpo humano em estúdio. Há um ``que" de ingenuidade em células de papelão ou veias de borracha. Um mundo que se assemelha em tudo ao mar. No que tem de misterioso e automaticamente conhecido.
E que serve, como em George Meliés, para criar a melhor das ilusões: a do olhar.

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