São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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Siouxsie só agrada sucessos dos anos 80

MARCEL PLASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Show: Siouxsie and the Banshees
Quando: hoje às 21h
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, Lapa, tel. 011/252-6255)
Preço: R$ 25,00 (pista), R$ 35,00 (setor C) e R$ 50,00 (camarotes)

A cantora inglesa Siouxsie Sioux faz seu último show hoje no Olympia. Ela e o grupo Banshees se apresentaram para 2.500 pessoas na segunda.
Nove anos depois de tocar pela primeira vez em São Paulo, Siouxsie só levantou o público com hits anteriores a 1985. O repertório privilegiou músicas do disco ``Tinderbox", que sobrou inteirinho na nova turnê, e do disco ``Rapture", lançado este ano.
Movimentando-se bastante e usando gestos largos, a agilidade de Siouxsie contrastava com o andamento lento da maioria das músicas. Tão lento que parecia uma performance ``new age" (o jazz de sala de espera).
Siouxsie não grita como há 17 anos, quando lançou o primeiro álbum (chamado, a propósito, ``The Scream"). Sua voz inspirou de Cocteau Twins a Bjork, mas, no show, teve dificuldades em trabalhar os tons agudos.
Mas estava muito bem vestida. Um luxo, numa cintilante roupa de princesa árabe (escolha que contrastou com a ausência do hit ``Arabian Nights").
Os Banshees, agora resumidos ao baterista Budgie (marido de Siouxsie), ao baixista Severin e a McCarrick, há tempos estão sem guitarrista fixo. Talvez porque quase não se ouça guitarras nas músicas -elas soam tão cheias de efeito que seus acordes parecem vir dos teclados.
Budgie, que já levou a fama de ser um dos melhores bateristas do mundo, está tocando de maneira displicente. Sua batida marcial ficou datada e ele ainda não soube inventar algo diferente para as novas composições.
O primeiro pico do show aconteceu com a sexta música, ``Redlight", do ótimo álbum ``Kaleidoscope". Ela também cantou a acústica ``Christine", do álbum ``Kaleidoscope".
Para levantar o público, antes de sair do palco, tocou um de seus últimos hits da década de 80: ``Cities in Dust" (1985).
Siouxsie retornou duas vezes. Na segunda, sob os pedidos de ``Israel", o maior sucesso de sua carreira, gritado pelo público.
Pouca gente encarou o rigor gótico para ver o show. Mesmo assim, a cor dominante entre o público foi o preto.

LEIA MAIS:
sobre o show de Siouxie à pág 5-7

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