São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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Franceses são furtados mas querem voltar ao país

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

Os franceses Pascal Boyer, 24, e Henri Acloque, 27, foram pela primeira vez ao Brasil e, embora tenham sido vítimas de dois furtos, pretendem voltar.
Boyer é agente de turismo em Grenoble. ``Queria ver o produto que costumo vender", explica. Acloque é fotógrafo em Calais.
Os dois visitaram o Rio, Angra dos Reis (RJ) e Foz do Iguaçu (PR). Em Angra, foram furtados duas vezes no mesmo dia, na praia e no automóvel.
Perderam objetos de pouco valor. ``Saímos por poucos minutos e quando voltamos tínhamos sido furtados", lembra Boyer.
Acloque achou que os brasileiros ``não são muito fáceis de abordar" no primeiro contato. Boyer se queixou da infra-estrutura turística, ``um pouco envelhecida".
Ambos ficaram decepcionados com os preços - ``tão altos quanto na França", segundo Acloque.
As coisas que mais os agradaram foram as paisagens, o café e o sistema de transportes carioca. ``A quantidade de ônibus é incalculável", espantou-se o fotógrafo.
A parisiense Martine Malinski, 45, editora de livros, casada com um brasileiro, já perdeu a conta das vezes em que foi ao Brasil.
Por outro lado, ela acha que ``a pobreza aumentou". Um sintoma é a proteção maior em torno dos edifícios em São Paulo.
Ela também considera que aumentou a influência da cultura norte-americana no Brasil -comentário compartilhado por Boyer e Acloque.
A outra queixa é relativa à deficiência do sistema de transporte coletivo em São Paulo: ``Fiquei hospedada na Lapa e, sem carro, não podia ir a lugar nenhum".

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