São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Manifestação no Rio reúne 1.500

DA SUCURSAL DO RIO

Os petroleiros em greve realizaram ontem uma manifestação no centro do Rio em protesto contra a ocupação de quatro refinarias pelo Exército.
Os manifestantes pararam em frente à Petrobrás, com faixas criticando o presidente Fernando Henrique Cardoso e as ameaças de privatização da empresa.
Professores estaduais, em greve há uma semana, também participaram do ato. A manifestação juntou 1.500 pessoas, segundo a Polícia Militar (3.000 pessoas, conforme os organizadores).
Ontem, 10.300 petroleiros em todo o país não receberam o pagamento de 55% do salário de maio. A Petrobrás está descontando os dias parados.
Muitos grevistas se recusaram a mostrar os contracheques. Outros disseram que nem sequer haviam apanhado o contracheque, porque não podiam entrar na empresa.
O dinheiro normalmente é depositado na conta bancária. Por isso, mesmo sem contracheque, os petroleiros sabem que não receberam dinheiro consultando o extrato.
O presidente do Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros) do Rio, Henyo Barretto, disse que a ocupação das refinarias foi ``uma radicalização" do governo para desacreditar a greve.
Ele afirmou também que a Petrobrás está mantendo mais de 30% da entrega de gás e combustíveis às distribuidoras.

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