São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Projeto de reestruturação gera protestos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da CEF (Caixa Econômica Federal), Sérgio Cutolo, apresentou ontem os primeiros detalhes do programa de reestruturação da CEF à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
Ele recebeu pressão dos deputados federais interessados em fazer modificações no projeto.
Serão criadas, segundo Cutolo, 85 escritórios de negócios em substituirão às atuais 31 superintendências da Caixa Econômica Federal.
Esses 85 escritórios de negócios serão encarregados de aprovar empréstimos concedidos pela instituição.
A lista com as localizações dos escritórios provocou vários pedidos dos parlamentares.
Eles querem que suas bases eleitorais sejam beneficiadas na distribuição.
Os escritórios deverão ter uma estrutura burocrática mais simples, permitindo à CEF cortar 9.600 cargos de chefia e economizar um total de R$ 740 milhões, por ano, segundo previsões divulgadas por Cutolo.
Reclamações
``A Bahia é a terceira economia do país e está em sétimo lugar em número de escritórios", reclamou o deputado Eujácio Simões (PL-BA). A Bahia terá três escritórios de negócios, segundo o projeto apresentado ontem por Cutolo na Câmara.
Os Estados com maior número de escritórios seriam São Paulo, com 16, Minas Gerais, com nove, e Rio de Janeiro, que ficaria com oito escritórios.
O deputado Anivaldo Vale (PPR-PA) protestou para que a região de Marabá, em seu Estado, tenha atendimento previsto por um escritório de São Luís, no Maranhão.
Apoio
A fila de reivindicações foi interrompida por um protesto da deputada Maria da Conceição Tavares (PT-RJ).
``Meus colegas precisam dar um forte apoio à instituição ao invés de ficarem aporrinhando e querendo levar um pouquinho para seu Estado, o que não vai levar a coisa nenhuma", disse a deputada petista.

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