São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Marinha ocupa porto do Rio

SILVIA NORONHA
DA SUCURSAL DO RIO

A Marinha ocupou ontem todos os acessos ao porto do Rio de Janeiro por terra e por mar. Policiais federais e fiscais da Receita Federal participaram da operação à procura de armas e drogas.
A operação estaria envolvendo mil homens no total, número não informado oficialmente pela Marinha. Quinhentos fuzileiros navais, armados com fuzis e metralhadoras, foram mantidos no porto.
É a primeira operação conjunta entre Polícia Federal, Receita Federal e Marinha, no porto do Rio.
O porto e a baía seriam pontos de entrada de drogas e armas para traficantes do Rio, segundo a PF.
A ocupação teve início às 4h de ontem. Divididos em grupos, os fuzileiros ocuparam os pontos estratégicos do porto, ao mesmo tempo em que as lanchas cercavam a baía por mar.
A operação deve se encerrar hoje, mas há possibilidade de ser estendida. Não foi divulgado balanço das buscas realizadas ontem.
Os fuzileiros navais estão bloqueando todos os acessos ao porto, em uma extensão de 7 km de cais, além de pontos estratégicos da Baía de Guanabara.
Oito lanchas da Marinha estão sendo usadas na operação. Com o apoio de fiscais da Receita e policiais federais, os fuzileiros vistoriaram as embarcações.
Lanchas com tripulantes de navios fundeados estavam ontem sendo interceptadas na baía. Os fuzileiros também fizeram buscas em navios fundeados na baía.
Armazéns do cais do porto, contêineres, caminhões e carros também eram vistoriados. Todos os caminhões que saíam do cais tinham carga e documentação checadas. As vistorias incluíam as cabines dos veículos.
Policiais federais e fiscais da Receita revistavam ainda os trabalhadores diretos e indiretos do porto. Funcionários da Companhia Docas do Rio chegaram a ser revistados três vezes ontem.
A polícia também utilizou cães para farejar mercadorias.
O 1º Distrito Naval divulgou nota informando que a operação era um exercício rotineiro da Marinha em portos do país. A PF e a Receita teriam aproveitado a ocasião para procurar armas e drogas.
Segundo a Marinha, o operação não foi planejada em função da Operação Rio 2 (convênio entre os governos Federal e do Rio que visa o combate ao crime organizado). Segundo a Marinha, o trabalho seria mantido durante a noite.

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