São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Pais suspeitam de erro médico na morte de filho

DA REPORTAGEM LOCAL

Os pais de Eduardo Feliciano de Oliveira Júnior, 1, suspeitam de erro médico na morte do filho, dia 4, no hospital São Camilo (zona oeste). Segundo a mãe, Andréa Campos Mello, 22, o menino foi levado ao hospital com tosse. Ao ser medicado, Eduardo teria entrado em choque e morreu.
No SVO (Serviço de Verificação de Óbito), que faz a necropsia em casos de morte natural, o laudo apontou como causas da morte inflamação nos pulmões e acúmulo de gordura nas células hepáticas.
Anteontem foi feita a exumação do corpo. Segundo o advogado Paulo Cremonese, que acompanhou a exumação, não havia nenhum órgão dentro do corpo. ``Só havia serragem. Os órgãos não poderiam ter sido retirados sem autorização da família."
O diretor-clínico do São Camilo, Wilson Pollara, 46, disse que o menino tinha ``laringite estridulosa, uma infecção da garganta que tende a bloquear a passagem do ar". ``Quando era medicado, ele teve obstrução das vias aéreas."
Carlos Augusto Gonçalves Pasqualucci, 43, diretor do SVO, afirmou que, em alguns casos de necropsia, os órgãos ficam retidos para análise posterior. No lugar dos órgãos é colocada serragem.
O delegado José Augusto Rachado disse que aguarda o resultado da exumação. O diretor do IML, Francisco Claro, disse não poder dar dados da exumação.

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