São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Prestação da classe média deve aumentar
ALBERTO FERNANDES
O Tesouro gasta com esse benefício R$ 39 bilhões, segundo o diretor de Fundos e Habitação da CEF, Valdir Hiebert. Esse valor corresponde a 5,5 milhões de casas populares, o suficiente para resolver o déficit habitacional do país, segundo Hiebert. O FCVS foi criado nos anos 80. Através dele, o Tesouro Nacional paga a diferença entre a correção dos contratos dos mutuários de classe média do SFH e a variação salarial, caso o crescimento não seja proporcional. Mas a CEF concluiu que pode cobrar juros de 10% a 12% ao ano sobre os saldos devedores, o que aumentará as prestações -pois os contratos do FCVS previam, originalmente, a cobrança de juros. Muitas das prestações poderão aumentar três ou quatro vezes, segundo o diretor da Caixa Econômica Federal. O estudo do banco que mostra a viabilidade jurídica do aumento depende ainda de aprovação do Ministério da Fazenda. O assunto deverá ser analisado na próxima semana. Hiebert disse ainda que, mesmo com o reajuste pretendido, os mutuários com cobertura pelo FCVS continuam podendo quitar sua dívida com 50% de desconto, segundo lei sancionada em 1990. Liminar O juiz da 1ª Vara Federal de Belo Horizonte (MG), Lorival de Oliveira, concedeu ontem liminar ao Ministério Público suspendendo todos os pedidos de execução e de hipoteca da CEF e dos bancos contra os mutuários do Sistema Nacional de Habitação. A decisão provisória da Justiça impede que os mutuários que não conseguiram pagar as prestações dos imóveis tenham seus bens leiloados para saldar suas dívidas. Colaborou a Agência Folha em Belo Horizonte Texto Anterior: O mundo meio século depois Próximo Texto: Conheça as regras para isenção de aposentados Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |