São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Governo quer pena de morte

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A decisão de intervir nas universidades contra o terrorismo acontece um dia depois da explosão de carro-bomba na frente do hotel Maria Angola, em Miraflores (balneário nos arredores de Lima), que deixou quatro mortos.
A procuradora-geral peruana, Blanca Nélida Colán, pediu a pena de morte para os autores do atentado, supostamente ligados ao grupo esquerdista Sendero Luminoso. A Constituição peruana admite esta pena, mas ela nunca foi aplicada por falta de lei que a regulamente.
Três suspeitos do atentado já foram presos -dois nos arredores do hotel, logo após a explosão.
A Constituição do país, promulgada em 1993 (depois do golpe de Fujimori) admite a pena de morte apenas para casos de traição à pátria, em tempos de guerra, ou de ações terroristas.
Os grupos de esquerda, que fazem oposição a Fujimori, e entidades de defesa dos direitos humanos protestaram contra a intenção da procuradora-geral.
``Ninguém pode estar de acordo com a pena de morte, por uma questão de princípio moral", disse Henry Pease, líder do Movimento Democrático de Esquerda.
O hotel-cassino deve voltar a funcionar hoje, apesar de ter tido seus primeiros andares parcialmente destruídos.

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