São Paulo, domingo, 28 de maio de 1995
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Alex tira aliança e cai na `night'

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Alexandre Magner Carvalho, 23, se define como ``um cara normal". Tem cabelo curto, trabalha e odeia drogas. Piloto de avião e dono de uma escola de mergulho, ele frequenta a noite de Santana ``aberto a novas companhias".
Como a maioria dos homens da região, não nega fogo quando é paquerado. A aliança de noivado -ela mora no interior- fica escondida por baixo da blusa, pendurada em um cordão de ouro.
Sua única ressalva é que, se o sexo acontecer na primeira noite, o relacionamento acaba ali. Diz preferir mulheres mais difíceis.
``Às vezes elas pegam você desprevenido. Já fui levar para casa mulher que insinuou querer ir ao motel. Aí o jeito é embicar o carro em qualquer lugar na marginal."
A outra opção, quando o dinheiro está curto, é a rua do ``T", na serra da Cantareira, onde os casais param os carros ``para admirar as paisagens". ``Demora pelo menos uma hora para estacionar, é pior do que fila de motel."
Sua teoria é de que a mulher sempre escolhe o homem para ficar à noite. ``Você pode olhar, chamar, oferecer bebida, se ela não quiser, não adianta nada."
Alexandre faz questão de dizer que ``não são todas", mas, para ele, as mulheres se aproximam dos homens ``doidinhas para transar".
O piloto não gosta da Vila Madalena nem dos Jardins. Sente preconceito por ser de Santana. ``Olham diferente." (PD)

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