São Paulo, domingo, 28 de maio de 1995
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1ª identificação foi na Inglaterra

ESPECIAL PARA A FOLHA

O primeiro caso de identificação criminal através de exames de DNA ocorreu em 1985, na Inglaterra.
Num pequeno condado, rodeado de montanhas e com uma única estrada de acesso, uma mulher foi estuprada e assassinada.
``Lá havia um geneticista, Alec Jeffreys, que colheu o esperma encontrado na vítima e fez o exame de DNA. Mais tarde houve outro crime similar. Novamente, Jeffreys analisou o sêmen encontrado na vítima. Era do mesmo homem que cometera o primeiro crime", conta José Maria Marlet, professor de medicina legal da USP.
As autoridades locais, então, forjaram uma campanha de doação de sangue cuja finalidade era identificar o DNA do agressor. Todos os habitantes foram doar sangue, mas nenhum deles possuía DNA igual ao do estuprador.
``A polícia prosseguiu com as investigações e descobriu que havia um viajante no condado. Quando o sujeito voltou, foi convidado a doar sangue. Feito o teste de DNA no sangue colhido, Jeffreys concluiu que o código genético do viajante era o mesmo do estuprador", conta Marlet.

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